A ESCOLA É A CARA DO SEU DIRETOR
Esta frase “A escola é a cara do seu Diretor” eu
escutei várias vezes em reuniões, encontros e seminários.
Se a escola é limpa,
as coisas no lugar, não há sujeiras no pátio e as paredes e mesas não estão
riscadas, provavelmente o seu Diretor também tem este perfil. Seu visual é asseado,
costuma se vestir bem, é organizado, tem uma agenda organizada, enfim, é
metódico e assim também é a escola.
O Diretor está à
frente dos professores, pedagogos e funcionários. É ele que recebe as primeiras
manifestações dos pais, normalmente em forma de queixas e reclamações. O
Diretor precisa lidar com os alunos sem disciplina, cumprir prazos e
representar a instituição.
A capacitação técnica é indispensável para o bom andamento dos processos
administrativos e há a convicção de que no Brasil a profissionalização e
capacitação dos Diretores começou muito tarde.
De todos os elementos importantes para um Diretor, o principal é adquirir
a confiança de seus subordinados e exercer a boa autoridade. O bom Diretor
precisa mostrar que entende daquilo que está falando. Não pode demonstrar
insegurança sobre o tema que está abordando.
Um Diretor é testado constantemente, mas é nos momentos de crise que ele
é testado com mais intensidade. Ele precisa saber se relacionar com sua equipe,
principalmente quando surgem as divergências e situações tensas. Nestes casos,
o diálogo é a base de toda boa relação e da solução de conflitos. Por outro
lado, os princípios, regras e objetivos da instituição precisam estar claros,
para que as situações de crise possam ser contornadas da forma mais tranquila
possível.
Há anos atrás, ter uma visão estratégica ou alta capacidade em
gestão não era o principal objetivo a ser esperado para um Diretor Escolar.
Estes aspectos estavam vinculados basicamente a ambientes empresariais.
Atualmente, apesar de o perfil dos atuais Diretores já ser mais
profissionalizada, ainda há muito a desejar, especialmente na rede pública.
Muitos são os casos onde os gestores são escolhidos por serem populares e não
possuem uma preparação para uma gestão estratégica e para a gestão do
planejamento e acompanhamento das ações.
Nas escolas públicas, as escolha dos gestores entre o seu Corpo
Docente, sem a possibilidade de trazer alguém capacitado de fora; os mandatos
curtos e as trocas constantes na Direção são sérios problemas que impedem a
continuidade na gestão e uma gestão eficiente.
Antes de mais nada, é preciso entender que o fim último de toda
instituição de ensino é a educação dos alunos. Por isso, o foco principal de
toda instituição é o PEDAGÓGICO. O administrativo é o suporte, é o que faz a
máquina funcionar, mas o planejamento precisa partir do pedagógico.
No entanto, não basta escolher um Diretor que tenha um excelente
perfil pedagógico, se este não tiver a excelência no perfil administrativo. É
preciso que ocorra um equilíbrio entre os dois. Havendo dificuldades em algum
dos aspectos, há que se assessorar-se de pessoas adequadas na sua equipe e que
preencham eventuais lacunas existentes.
A escolha de pessoas com perfil adequado para a equipe de trabalho
do Diretor é um aspecto da mais alta importância. Lacunas neste aspecto ou
dificuldades com algum integrante da equipe trazem implicações diretas à imagem
do Diretor.
Enfim, o Diretor não é um Super-Homem dentro da escola, aquele que
tem respostas para tudo e que consegue resolver todas as situações, mas
certamente a escola vai ter a cara deste Diretor.
Prof. Uwe Roberto Strauss
e-mail: urstrauss@terra.com.br
www.educadorpontocom.com
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