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terça-feira, 23 de agosto de 2011

ENEM MUDA PARA EVITAR O RANKING



Na semana passada, em nota na internet, li que "Ministério muda ENEM para evitar o ranking das melhores e das piores escolas".
Segundo a Presidente do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Malvina Tuttmann, o resultado das escolas inscritas passará a levar em consideração o número de alunos inscritos e que a decisão já passa a valer para instituições que participaram do último exame, em 2010.
A medida corrige uma das distorções do ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio, o qual seja de criar um "ranking" entre as escolas.
Na verdade, este nunca foi o objetivo do ENEM. Aliás, os resultados não eram nem divulgados em forma de ranking. O ranking, na verdade, era organizado pelos meios de comunicação, por sistemas e até pelas próprias escolas.
Tem razão o MEC, quando questiona que escolas convoquem alunos destacados para participar da prova, o que não impede que os demais participem. No entanto, como o exame não era obrigatório, o número de alunos que representam outros grupos não chegava a ser expressivo.
Eu nunca fui a favor de que as escolas insistissem em utilizar o resultado dos alunos de sua escola no ENEM para um ranking, disputando espaço no mercado. No entanto, tenho que considerar que é, no mínimo, ingênuo se os meios de comunicação destacam algumas escolas pelos seus resultados e esta, por sua vez, não faz uso desta visibilidade na mídia. Neste caso, ela é natural, não é forçada.
Por outro lado, acho saudável que as escolas divulguem os seus próprios resultados, permitindo comparar-se com os resultados de outras escolas, sem um ranking e, principalmente, comparar-se consigo mesmo, avaliando uma série histórica dos seus resultados, o que permitirá verificar o seu desempenho, fortalecendo o que está bom e corrigindo o que aponta deficiências.
Vejo com bons olhos o que está sendo proposto, pelo menos em tese, considerando que ainda não conheço de que forma as medidas serão implantadas e se os mecanismos a serem adotados serão de fato confiáveis.
O ENEM é uma avaliação institucional, que permite às instituições, o seu público e o próprio governo avaliar o seu desempenho.
Como instrumento de avaliação, precisa ter o máximo de precisão, ser fidedigno e deve, obrigatoriamente, possibilitar a lisura no processo, sob pena de apontar resultados incoerentes, inadequados e colocar em risco a sua razão.
Considerando ser um instrumento de avaliação e avaliação institucional, ainda vejo com preocupação o seu uso para o ingresso no ensino superior, uma vez que os objetivos de uma avaliação institucional são diferentes de um exame de classificação, assim como a interpretação dos dados também não são iguais.
Por outro lado, usar o ENEM como instrumento de seleção para o acesso ao ensino superior não seria, também, uma forma de criar um "ranking". Só que, neste caso, é oficial (???).

Prof. Uwe Roberto Strauss


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

SÍNDROME DO GENERAL SEDGWICK

Tomei conhecimento da Síndrome do General Sedgwick em um capítulo do livro "QUAL É A TUA OBRA?", de Mário Sérgio Cortella.
O General Sedgwick morreu no dia 09 de Maio de 1864, com um tiro no olho esquerdo, durante a Batalha de Spotsylvania, na Guerra Civil Norte-Americana, enquanto observava as tropas inimigas ao longe. A última frase que disse, foi:
- "Imagine, eles não acertariam nenhum elefante desta dist..."
No livro, Cortella traz provocações sobre gestão, liderança e ética.
Durante a leitura do livro, em especial quando é feita uma análise entre "ser chefe" e "ser líder", lembrei-me de uma brincadeira que eu fazia com os colaboradores da instituição onde atuei, quando algum deles me indagava com a frase iniciando por "- chefe...". Eu, brincando, respondia: - "Isso aqui não é tribo de índio para ter um chefe..."
Mesmo atuando em funções de liderança, nunca me senti um "chefe". Cortella distinguiu muito bem os temos em seu livro. Nem sempre chefe é líder. Muitas vezes, líder é chefe, mas o contrário não é automático. Liderança tem a ver com capacidade de inspirar, enquanto que chefia é uma estrutura hierárquica.
O General Sedgwick imaginou que a distância das tropas inimigas lhe davam uma certa invulnerabilidade. Ele era um chefe, mas não parecia ser um líder. Um líder não subestima o adversário.
Para ser um líder, é preciso reconhecer que não sabemos tudo, que não sabemos todas as coisas e considerar que o outro também sabe muito. O outro, assim, nos complementa. O líder sabe reconhecer isto. O líder sabe "conviver" (viver com).
Um líder não subestima os cenários, assim como o General Sedgwick subestimou o inimigo. O General Sedgwick é o exemplo do líder que acha que sabe tudo, o líder que acha que o seu antecessor não sabia nada, que somente aquilo que ele faz é correto.
Eu tenho inúmeros exemplos de pessoas em função de liderança, não aceitam o que vem do outro. Ao assumir uma função, não faz a leitura dos cenários, da cultura local e sai modificando tudo o que encontra,  visando instalar o que "o chefe" acha que é o certo.
Cortella, em seu livro, diz que "o sucesso precisa ser sucedido". O sucesso pressupõe a sucessão. O sucesso que se satisfaz (por si só), é um sucesso que paraliza.
É inconcebível que uma caminhada de sucesso de um projeto não possa ser sucedida, sem que se proceda com uma mudança radical das coisas. Se ela fez sucesso, não há porque modificar. Isso não significa que não possam ocorrer ajustes. Não pode, sim, ficar parado na mesmice, achando que o projeto que funcionou tanto tempo é invulnerável. A revisão e a transformação deve ser constante, sob pena de cair na mesmice e na fragilidade do General Sedgwick.
Nos últimos anos, as pessoas tem evitado o "tradicional", pois o que é tradicional está para o passado. E se é do passado é arcaíco.
Nem tudo o que vem do passado é para ser descartado. Também devemos olhar para o que deve ser guardado, protegido, levado adiante. O que é arcaíco deve ser descartado. O que traz a tradição deve ser guardado e protegido.
A Síndrome do General Sedgwick nos leva ao descuido, pois nos dá a sensação de invulnerabilidade e a sensação de que já estamos blindados. O inimigo gosta disso. 
O inimigo é aquele que está sempre ao teu lado, te "paparicando", colocando-se a disposição para tudo, jamais discordando de você.
Cuidado! Esta pessoa não é tua parceira. Ela está se preparando para te derrubar. Principalmente se você é líder, mas um líder ofuscado pela certeza. Um verdadeiro líder não tem certeza.
O líder obtém a satisfação não pelo seu sucesso, mas pelo sucesso coletivo. O líder busca o sucesso não onde ele está, mas onde pode chegar.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

LIÇÕES DE JACK WELCH



Jack Welch é conhecido por sua liderança e técnicas de gestão implementadas com muito sucesso em uma das maiores e mais respeitadas empresas do mundo, a General Eletric (GE). Ele traçou uma nova estrada no mundo dos negócios e reescreveu as regras de como uma empresa de sucesso e lucrativa deve ser e conduzir seus negócios. 
Jack Welch se tornou referência em liderança e gestão por meio de 20 conceitos que podem e devem ser aplicados na sua empresa. Mas também é interessante avaliá-las para a trajetória pessoal. Eu, pessoalmente, destaquei agumas:

1) Faça mais do que esperam;
2) Seja aquele líder que energiza, que excita e que inspira;
3) Gerencie menos;
4) Seja menos formal;
5) Energize as pessoas;
6) Crie uma visão e atraia a equipe para tornar essa visão realidade;
7) Tenha foco constante na inovação;
8) Veja as mudanças como uma oportunidade;
9) Encare a realidade;
10) Envolva todos;
11) Receba idéias de todos;
12) Elimine limites;
13) Crie uma cultura de aprendizado;
14) Dê atenção aos valores;
15) Follow-up;
16) Simplifique;
17) Seja o número 1 ou o número 2;
18) Faça com qualidade;
19) Faça rapidamente;
20) Divirta-se!