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sábado, 22 de outubro de 2011


CARTA DE ABRAHAM LINCOLN
Ao Professor do Seu Filho...

            “Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, para cada egoísta, há um líder dedicado.
            Ensine-lhe, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo. Ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada.
            Ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória. Afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso.
            Faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.
            Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa. Ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.
            Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros. Ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.
            Ensine-o a ouvir todos mas, na hora da verdade, a decidir sozinho. Ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe  que por vezes os homens também choram.
            Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.
            Trate-o bem mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço. Deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.
Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer, caro professor.”

Abraham Lincoln, 1830


quinta-feira, 13 de outubro de 2011




Podemos fazer a diferença...

"Ensina a criança o caminho que deve andar e, 
ainda, quando for velho, não se desviará dele."

(Provérbios 22:6)


No mês em que em que se comemora o Dia das Crianças e o Dia dos Professores, lembrei de uma pequena história lida em uma mensagem em powerpoint, recebida por e-mail. 

O autor do texto é desconhecido e não sei dizer se a história é verídica, mas é muito emocionante e trás o perfil do verdadeiro professor... aquele que faz a diferença, sem grandes teorias, tecnologia rebuscada. Apenas a atenção ao aluno e o respeito pela história pessoal de cada.
Sempre acreditei e defendi que todos tem capacidade, embora em ritmos e velocidade diferente... basta ter a nossa atenção.


Relata a Sra. Teresa, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da 5ª série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual. No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Ricardo.

A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.
Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações. Ela deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa.
Ficha do 1º ano: “Ricardo é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.”
Ficha do 2º ano: “Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos  médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.”
Ficha do 3º ano: “A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajuda-lo.”
Ficha do 4º ano: “Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.”
Deu-se conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Piorou quando lembrou dos lindos presentes de Natal que os alunos lhe haviam dado, com papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que estava enrolado num papel de supermercado.
Lembrou que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade.
Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Ricardo ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Relembra, ainda, que ele lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.
Naquele dia, depois que todos se foram, a professora chorou por longo tempo... Em seguida, decidiu mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo.
Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava. Ao finalizar o ano letivo, Ricardo saiu como o melhor da classe.
Seis anos depois, recebeu uma carta de Ricardo contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera.
As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo.  Mas a  história não terminou aqui.
Tempos depois recebeu o convite de casamento e a notificação do falecimento do pai de Ricardo. Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo anos antes, e também o perfume.
Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse  ao  ouvido: - “Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.”
E com os olhos banhados em lágrimas sussurrou: - “Engano seu! Depois que o conheci aprendi a lecionar e a ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando. Mais do que avaliar as provas e dar notas, o importante é ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença...”


Um grande abraço a todos aqueles professores que realmente fazem a diferença...


Prof. Uwe Roberto Strauss
www.educadorpontocom.blogspot.com
e-mail: urstrauss@terra.com.br

sábado, 8 de outubro de 2011

VAMOS VOLTAR A SER CRIANÇA...


No final dos anos 80, eu me associei ao Círculo do Livro, onde permaneci associado até meados dos anos 90. Era algo inédito na época e funcionava assim: Todos os meses você recebia uma revista com os últimos lançamentos literários. Para continuar associado ao Círculo do Livro, a única obrigação era adquirir um livro mensal. Isso era muito interessante porque você acabava lendo um livro por mês.
Vários destes livros adquiridos eram de literatura, ora romances ora livros de ficção. Deixei muitos destes livros como doação para a biblioteca de uma escola onde atuei na Direção, depois que sai, há alguns atrás.
Outros livros adquiridos eram livros técnicos, sobre educação, filosofia e música.
Um destes livros ainda hoje está na prateleira do pequeno escritório em casa. Chama-se "Quando Eu Voltar a Ser Criança", de Janusz Korczak. Lembro que o havia adquirido por sugestão em uma das aulas de Filosofia e Ética, do saudoso Prof. Ernest Sarlet, no Curso de Pós-Graduação em Educação que realizei em 1993-1995.
Nas dedicatórias "ao leitor adulto", o autor cita o seguinte texto:

Vocês dizem:
- cansa-nos ter de privar com crianças.
Tem razão.
Vocês dizem ainda:
- Cansa-nos, porque precisamos descer ao seu nível de compreensão.
Descer, rebaixar-se, inclinar-se, ficar curvado.
Estão equivocados.
Não é isso o que nos cansa, e sim, o fato de termos de elevar-nos até alcançar o nível dos sentimentos das crianças.
Elevar-nos, subir, ficar na ponta dos pés, estender a mão.
Para não machucá-las.

Nos últimos dias, nas páginas da rede social FACEBOOK, ganhou corpo uma campanha, provocando aqueles que estão adicionais nas páginas de seus respectivos amigos para que alterem a sua imagem pessoal pela imagem de um personagem infantil ou de histórias em quadrinhos, até o dia 12 de Outubro.
Os idealizadores da campanha sugerem que a iniciativa seja em prol de um movimento contra a pedofilia e a violência infantil, além de ser uma homenagem ao Dia das Crianças.
Eu aderi à campanha e troquei a imagem pessoal por uma imagem do personagem de desenhos animados ASTERIX, que aparace com seu fiel companheiro e amigo OBELIX. 
Asterix e Obelix são personagens que representam uma vila de gauleses, povo que resistia às conquistas dos romanos. Lembro com nostalgia deles da época em que estava no internato, durante parte do meu 2º grau, quando devorava as histórias em quadrinhos com Asterix e Obelix, nos sábados a tarde, quando a maioria dos internos tinha ido para casa e apenas alguns, que moravam mais longe, permaneciam durante  final de semana.
Há manifestações quanto ao receio de que esta seja justamente uma campanha idealizada por pedófilos, visando esconder-se atrás das imagens inocentes dos personagens infantil, visando aproximar-se com mais facilidade das crianças.
Não levo fé nesta versão, uma vez que há uma série de mecanismos de proteção e cuidados para quem está nas páginas do facebook, embora não possa desconsiderar que possam haver pessoas em algumas páginas desta rede social, com este propósito.
Eu aderi à campanha pela brincadeira saudável e sem qualquer malícia e pela homenagem às crianças. Além do mais, estou me divertindo com as lembranças de todos.
Assim como o autor Janusz Korczak sugere em seu livro, precisamos às vezes voltar a ser criança. Nós, os adultos, temos dificuldade em aceitar mudanças de rotina, transformações, somos extremamente pragmáticos, apegados a paradigmas instransponíveis...
Temos que aprender novamente com as crianças a ter objetivos, ser criativos, mudar o rumo da trajetória no meio do caminho, como as crianças fazem em suas brincadeiras, sonhar e aprender a fazer da vida uma eterna brincadeira...
Esta história de trocar a imagem do perfil do facebook não vai contribuir em nada para erradicar da face da terra esta corja deplorável e nojenta dos pedófilos e daqueles que submetem estes seres indefesos a crueldades inimagináveis...
No entanto, se nos permitirmos ser criança novamente, com gestos como este de trocar a imagem pessoal por um personagem infantil, a nossa rotina massacrante deste mundo capitalista e neoliberal pode trazer de volta a nossa criança interior. Aí sim, quem sabe, ficarmos atentos à violência infantil e tantas injustiças contras as crianças que estão diariamente ao nosso redor.
Às crianças, a vida, a alegria, um lar, uma família e o alimento... Isto cabe a nós.
Aos que praticam a violência contra a criança, o cárcere, a execração pública e medidas para banir esta corja da sociedade. A nós cabe identificar e denunciar. Aos órgãos responsáveis cabe tomar as medidas cabíveis:

- Conselho Tutelar
- Ministério Público
- Polícia
- Disque 100


Prof. Uwe Roberto Strauss
www.educadorpontocom.blogspot.com