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sexta-feira, 22 de junho de 2012

EDUCAR PARA A PERENIDADE

Educar deveria ser algo fácil, que acontece ao natural. Mas não é. Não é possível se isolar dentro de uma sala de aula. Sempre há influências do mundo externo. Não podemos fugir de um mundo onde regras não são repeitadas, o trânsito é caótico, onde o “vale-tudo” e o “tudo liberado” é o que vale, onde a promiscuidade não é mais novidade.
Vivemos em uma sociedade que imita a arte.
Não seria o contrário? Sim, a frase original é ao contrário. “A arte imita a vida”. A frase original é uma modificação de “A arte imita a natureza”, de Aristóteles. Mas a mídia a inverteu. A mídia traz para dentro de casa situações e de forma tão repetitiva que passa a parecer que faz parte da nossa realidade.
Então, sim, é a sociedade que imita a arte. Se é que o que alguns conceitos trazidos pela mídia para dentro de casa podem ser chamados de arte.
Um exemplo clássico é o Big Brother, onde o povo escolhe quem sai da casa e quem “vai para o paredão”. A decisão por quem vai ou não vai depende da afinidade. Ora, será que no mundo profissional o que mais importa é a afinidade.
O mundo que cerca a sala de aula é cruel, selvagem. Para sobreviver neste mundo, não basta ser mediano ou apenas um bom profissional. Em águas rasas e mansas quase todos conseguem navegar. Mas, não é nas águas rasas e mansas que navegam os melhores barcos. Shakespeare já dizia que “Quando o mar está calmo, qualquer barco navega bem”. Então, é na turbulência que os melhores se saem bem.
         Gosto muito das palavras do psicólogo, dramaturgo, técnico da área da informática, publicitário e conferencista WALDEZ LUDWIG. Ele é um palestrante que fala muito do empreendedorismo e qualidade nas suas palestras.
         É de Waldez Ludwig o conceito de que:
Serviços são intangíveis...
Não se separa a produção do consumo...
Não podem ser inspecionados...
Não podem ser devolvidos...
         É por isso que o resultado final do uso de um serviço é um SENTIMENTO. É por isso que educadores não vendem “produtos”, .... educadores prestam um serviço. O produto final deste serviço é um SENTIMENTO... é um SONHO.
         Aliás, o SONHO é o resultado. Mas não depende exclusivamente de nós. Depende também do aluno e da família. O tamanho do sonho vai depender do aluno. Mas são os educadores que dão um BOM IMPULSO.
         Porém, nós estamos inseridos em um mercado. E este mercado é uma selva, é cruel. Ele nos desafia: “Decifra-me ou te devoro.”
         Aí, eu preciso lembrar novamente de Waldez Ludwig, que sugere que “cada negócio é um palco onde os funcionários são atores e o trabalho é interpretar. Não existe negócio sem um show”.
         Interpretar não é forjar uma imagem mas, sim, transmitir, do fundo do coração a essência do que é um projeto pedagógico. Interpretar é vestir a camiseta da escola e fazer dela a sua razão de ser.
         Ser professor não é apenas por um emprego. Aliás, escola não um Big Brother. Não há afinidade o tempo todo. Muitas vezes, é na desavença e na discordância que nascem as melhores opiniões e as melhores idéias.
         Professores têm um sonho em comum, um objetivo em comum: as crianças e os jovens. E para fazer o que fazemos temos que ser competentes.
Ricardo Semler diz:
         “As 3 condições sine qua non para sobrevivência a longo prazo para empresas sobreviverem através do tempo:
1.     Capacidade de enxergar a necessidade de mudanças a tempo, com coragem para implementá-las antes que seja tarde demais;
2.    Fazer a empresa funcionar através da efetiva participação de seus funcionários e dar uma linha de conduta administrativa flexível e aberta às transformações;
3.    Ter uma cultura própria e definida, que não seja adaptada às condições do momento, mas sim PERENE em suas crenças básicas.”
Readequar-se frequentemente às mudanças do dia-a-dia, ter a efetiva participação dos professores e funcionários no funcionamento de uma instituição e ter uma conduta administrativa flexível e aberta às transformações são segredos para o sucesso da instituição escola.
O assembleísmo é danoso à instituição e não conheço nenhuma onde o assembleísmo levou ao sucesso. A grande massa decide pelas diretrizes e o norte que se quer dar. Mas não pode ser responsável pela execução. A execução deve ser dada aos técnicos e especialistas que, por sua vez, devem se basear nas diretrizes propostas pela grande massa.
Participar do processo pedagógico é contribuir para que as crianças e jovens tenham uma cultura própria e definida. Isto permite aproximar-se da perenidade.

Prof. Uwe Roberto Strauss
e-mail: urstrauss@terra.com.br
www.educadorpontocom.com
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domingo, 17 de junho de 2012


A ESCOLA É A CARA DO SEU DIRETOR

Esta frase “A escola é a cara do seu Diretor” eu escutei várias vezes em reuniões, encontros e seminários.
Se a escola é limpa, as coisas no lugar, não há sujeiras no pátio e as paredes e mesas não estão riscadas, provavelmente o seu Diretor também tem este perfil. Seu visual é asseado, costuma se vestir bem, é organizado, tem uma agenda organizada, enfim, é metódico e assim também é a escola.
O Diretor está à frente dos professores, pedagogos e funcionários. É ele que recebe as primeiras manifestações dos pais, normalmente em forma de queixas e reclamações. O Diretor precisa lidar com os alunos sem disciplina, cumprir prazos e representar a instituição.
A capacitação técnica é indispensável para o bom andamento dos processos administrativos e há a convicção de que no Brasil a profissionalização e capacitação dos Diretores começou muito tarde.

De todos os elementos importantes para um Diretor, o principal é adquirir a confiança de seus subordinados e exercer a boa autoridade. O bom Diretor precisa mostrar que entende daquilo que está falando. Não pode demonstrar insegurança sobre o tema que está abordando.

Um Diretor é testado constantemente, mas é nos momentos de crise que ele é testado com mais intensidade. Ele precisa saber se relacionar com sua equipe, principalmente quando surgem as divergências e situações tensas. Nestes casos, o diálogo é a base de toda boa relação e da solução de conflitos. Por outro lado, os princípios, regras e objetivos da instituição precisam estar claros, para que as situações de crise possam ser contornadas da forma mais tranquila possível.
Há anos atrás, ter uma visão estratégica ou alta capacidade em gestão não era o principal objetivo a ser esperado para um Diretor Escolar. Estes aspectos estavam vinculados basicamente a ambientes empresariais.
Atualmente, apesar de o perfil dos atuais Diretores já ser mais profissionalizada, ainda há muito a desejar, especialmente na rede pública. Muitos são os casos onde os gestores são escolhidos por serem populares e não possuem uma preparação para uma gestão estratégica e para a gestão do planejamento e acompanhamento das ações.
Nas escolas públicas, as escolha dos gestores entre o seu Corpo Docente, sem a possibilidade de trazer alguém capacitado de fora; os mandatos curtos e as trocas constantes na Direção são sérios problemas que impedem a continuidade na gestão e uma gestão eficiente.
Antes de mais nada, é preciso entender que o fim último de toda instituição de ensino é a educação dos alunos. Por isso, o foco principal de toda instituição é o PEDAGÓGICO. O administrativo é o suporte, é o que faz a máquina funcionar, mas o planejamento precisa partir do pedagógico.
No entanto, não basta escolher um Diretor que tenha um excelente perfil pedagógico, se este não tiver a excelência no perfil administrativo. É preciso que ocorra um equilíbrio entre os dois. Havendo dificuldades em algum dos aspectos, há que se assessorar-se de pessoas adequadas na sua equipe e que preencham eventuais lacunas existentes.
A escolha de pessoas com perfil adequado para a equipe de trabalho do Diretor é um aspecto da mais alta importância. Lacunas neste aspecto ou dificuldades com algum integrante da equipe trazem implicações diretas à imagem do Diretor.
Enfim, o Diretor não é um Super-Homem dentro da escola, aquele que tem respostas para tudo e que consegue resolver todas as situações, mas certamente a escola vai ter a cara deste Diretor.

Prof. Uwe Roberto Strauss
e-mail: urstrauss@terra.com.br
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sábado, 9 de junho de 2012


É PRECISO REVISAR O BAÚ

Com o passar do tempo, acumulamos muitas coisas em caixas, baús e outros recipientes. Quem é que já não tirei um dia para limpar gavetas, caixas, baús, armários e tantos outros espaços onde guardamos quinquilharias acumuladas com o passar dos anos. São recortes, textos, livros, fotografias e tantos outros objetos que guardamos e acumulamos.

É preciso aprender que nada é definitivo em nossa vida... As pessoas passam e nos marcam... algumas permanecem e outras não...
É preciso aprender e entender que na vida nada é por acaso. Há pessoas que entram nas nossas vidas porque têm algo a oferecer e acrescentar. Outras, porque precisam de nós para resgatar algo. Mas também há aquelas pessoas que passam pelas nossas vidas e se tornam um entrave, um obstáculo a ser superado, uma simples pedra no caminho.

Muitas vezes precisamos aprender a nos desligar de coisas, pessoas e situações do passado. Saber dizer adeus aos relacionamentos é ter coragem de perceber que o Criador age em nós fazendo o que deve ser feito.
Quer viver mais leve? Aceite que é preciso dizer adeus a relacionamentos que muitas vezes se tornaram gastos e que dos quais você precisa ter coragem de se desapegar.

Nos últimos anos tenho aprendido que não posso lidar com aquilo que não consigo controlar. Não é não conseguir controlar por não saber ou não ter condições. Mas é não conseguir controlar porque não está ao meu alcance, não faz parte do meu dia a dia. Portanto, não me cabe querer controlar ou gastar uma energia enorme para tentar controlar.
Aprendi, com isso, a me ocupar com aquilo que depende de mim. Aprendi a me desapegar de tudo aquilo que não me acrescenta nada. Aprendi a me desapegar de tudo e de todos que me fazem ter um sentimento de mal estar.
Tenho a mais absoluta certeza de que não corro qualquer risco de também acabar me desapegando de quem me quer bem. O amor verdadeiro não se desapega.
No início é doloroso, há resistência. Mas mais doloroso é tentar segurar o que, na verdade, quer ir.

Não nascemos para nos apegar a nada e a ninguém. A liberdade é inerente ao Ser Humano. Assim também Deus disse a Abraão, em Gênesis 12: “Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa do teu pai, para a terra que eu te mostrarei”.

É preciso ter um momento na vida onde paramos, revisamos o nosso baú, eliminamos coisas, objetos, conceitos e pessoas que não nos acrescentaram nada.
É preciso ter um momento onde, depois de eliminados os excessos e o que não acrescenta nada, ficar apenas com aquilo que nos faz algum bem, com aquilo que nos acrescenta, com aqueles que se somam a nós. O resto é descartável. Quando aprendemos a fazer isto, a vida vai nos levar para onde deveríamos  estar.
É preciso apagar o ontem ao anoitecer. Se conseguirmos nos desapegar do passado, dos objetos, das pessoas e de conceitos de outrora, que não acrescentam mais (ou nunca acrescentaram coisa alguma), a aurora de um novo amanhecer pode nos iluminar e nos colocar em contato com novas alternativas que talvez, antes, nem pudessem ter sido percebidas.

Prof. Uwe Roberto Strauss
www.educadorpontocom.blogspot.com
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